Cadastro do Pix é isca de sites falsos para roubar dados
Um golpe envolvendo o Pix, novo modelo para pagamentos eletrônicos do Banco Central, tomou as redes na última segunda-feira (5), dia em que foi liberado o cadastro para a chave do novo serviço. Criminosos se aproveitaram da ação, que foi aderida por bancos em todo o Brasil, para aplicar golpes de phishing e roubar dados pessoais de vítimas.
A descoberta foi feita por pesquisadores da Kaspersky, empresa de soluções em cibersegurança que detectou mais de 30 domínios falsos com o termo "pix" nas primeiras horas do dia — o que representa um interesse rápido e crescente de cibercriminosos no Pix como isca para aplicar golpes.
O especialista sênior da Kaspersky Fábio Assolini aponta que, se os registros de domínios continuarem crescendo como nas primeiras 24h da segunda-feira, a previsão é de que até o meio desta semana o número de sites fraudulentos e maliciosos chegue a 100 endereços na web. Segundo Assolini, o registro do domínio do site é o primeiro passo para aplicar golpes.
Entenda o golpe com o Pix
O relatório da Kaspersky identificou três tipos de ataques aplicados pelos cibercriminosos utilizando o Pix como isca. O golpe a partir da infecção de malwares é um deles, no qual criminosos enviam links em redes sociais, SMS ou e-mail oferecendo o cadastro no serviço de pagamentos.
Ao clicar no link, a vítima é redirecionada para um dos domínios falsos e, ao acessar o site fraudulento, ele requer o download de um arquivo ou software malicioso. A partir daí, o criminoso consegue acesso remoto ao computador ou celular da vítima, e pode coletar informações importantes e sensíveis, como credenciais de banco e senhas.
De maneira similar, um outro tipo de ataque envolve o acesso ao Internet Banking ou Mobile Banking, em que criminosos enviam mensagens falsas oferecendo o cadastro no Pix em sites que parecem os oficiais dos bancos, mas, na verdade, se tratam de páginas falsas.
Assim, a vítima crê que está no site do banco e faz o login para se cadastrar no serviço, além de digitar códigos importantes, como o token de acesso à conta. Como o site se trata de uma página falsa, as informações digitadas são enviadas para os criminosos que, em posse delas, podem limpar o saldo em conta, realizando transferências ou pagamentos fraudulentos.
O último tipo de ataque, diferentemente dos anteriores que utilizam o Pix apenas como isca, funciona por meio de phishing, que requer os dados pessoais das vítimas para coletá-los com o intuito de cadastrá-los no serviço e aplicar golpes através do novo sistema de pagamentos.
Fonte da matéria: Techtudo
Link da matéria: https://n8qhg.app.goo.gl/zUGW
Data da matéria: 07/10/2020
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